Augusto dos Anjos
Augusto de Carvalho Rodrigues dos Anjos poeta brasileiro. Nasceu em 20 de abril de 1884, na Paraíba e morreu em 12 de novembro de 1914, em Leopoldina, Minas Gerais.
Muitas vezes é identificado como simbolista ou parnasiano. Porém, pertence a escola literária pré-modernista.
“É conhecido como um dos poetas mais críticos do seu tempo, focando suas críticas ao idealismo egocentrista que se emergia em sua época.”
Foi o patrono da cadeira número 1 da Academia Paraibana de Letras ocupada, atualmente, por José Neumanne Pinto.
Sua principal obra literária: Eu e Outras Poesias.
Algum dos seu poemas:
Versos Íntimos
"Vês! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de tua última quimera.
Somente a ingratidão - esta pantera -
Foi tua companheira inseparável!
Acostuma-te à lama que te espera!
O homem, que, nesta terra miserável,
Mora, entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.
Toma um fósforo, Acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.
Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja esta mão vil que te afaga,
Escarra nesta boca que te beija!
Pau d'Arco - 1901
O Deus-Verme
"Universal não transformismo Fator,
Filho da teleológica Matéria,
Na na Miséria excesso OU,
Verme - E o Seu nome de batismo escuro.
Jamais Emprega ou amargo exorcismo
Em SUA Ocupação taxa diária fúnebre,
E vive em conluio bactéria com,
Livre das Roupas do antropomorfismo.
Almoça a podridão drupas das Agras,
Janta hidropisia, o ROI magra vísceras
E dois padres falecidos & Irmãos Novos Incha Mao ...
Ah Para ELE E que FICA carne Podre,
E não - inventário dá Matéria ricos
It SEUS Filhos anos para Porcão Maior!"
Psicologia da UM Derrotado
"Eu, eu faço filho do carbono e amônia,
Monstro da Escuridão e rutilância,
Sofro, a partir de uma epigênese da infância,
uma influência fazer má dois signos do zodíaco.
Produndissimamente hipocondríaco,
este é o ambiente repugnante me ...
Sobe-me Uma à uma boca Ansia ânsia semelhante
vazando coração da boca um.
Já nem me - este Operário das Ruinas -
Quer ou podre Sangue das carnificinas
Vem, e em vida Geral à declara guerra,
Ir para espreitar Meus Olhos para ROE-o,
ha E de deixar-me-o apenas Cabelos,
Na frialdade inorgânico da terra!"
(Eu e Outras Poesias)
Fonte Poema: wikisource.org – Obra de Tradução em Domínio Público.
Imagem: File:Augusto Anjos.jpg [Domínio público], via Wikimedia Commons
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