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O passado na casca do jenipapo




Eis o que surge perante uma manifestação:

As frutas que caíram em solo contaminado, adormeceram na corrupção do meu pensamento: O som da música era o passado na casca do jenipapo.

Neste instante, alcancei um antigo livro, na estante de mármore, e toda a ciência, que se encontra abaixo da superfície, flutua na crosta terrestre.

O alfarrábio contém vários desenhos que relata o passado das abismos e o futuro das sombras.

Observei o estado do póstumo: vi o que vi, o estrondo sepulcral abrir-se, aos meus pés, uma fenda do tamanho de um continente.

Ressurge espíritos dos séculos passados e destroem tudo que vive ou morreu na salvação.

Eis o que virá: não só a vida e a morte sangraram, o corpo decomposto buscara a liberdade, não há liberdade, só existe o sangue.

Ame a vida e a morte ou procurem o Lago das Sombras.

Observe as sombras do teu reino.

Pois, os ovos da alucinação eclodiram, no ano da aurora presente, feito um demiurgo faminto, e criou Três Leis Nebulosas: a primeira regra, omite das sombras, os instantes passados. A segunda, expõe o alvo das estrelas. Por último, o gélido campo multiplica palavras ao vento.



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